CULTURA POPULAR
TERESINA, PIAUÍ.
A obra “A reza do boi”, produzida através de ilustração digital, tem como inspiração a brincadeira do boi, brincada em todo o nordeste, inclusive no nosso Piauí, e a tradição das rezas e benzimentos que costumamos presenciar nos interiores do estado.
Sobre o processo de criação: A ilustração foi esboçada inicialmente no papel, utilizando lápis de cor e nanquim, depois transformada em ilustração digital. Os elementos escolhidos tem relação direta com o tema: a vela e a própria posição do personagem, representando a ação da reza, muito vista nos interiores do nordeste e fazendo relação direta com a história do boi, que é revivido através da reza do Pajé; a vestimenta do personagem, como elemento essencial para o discurso sobre o boi; e a criança brincante sendo a pessoa que carrega a vestimenta, reforçando a ideia de brincadeira e pureza. A criança (negra) representa também os erês, que nas religiões de matriz africana são os espíritos puros que trazem alegria para as pessoas e o ambiente, fazendo relação com o boi que, nos seus movimentos de dança durante a festa, leva alegria por onde passa.
Sobre o processo de criação: A ilustração foi esboçada inicialmente no papel, utilizando lápis de cor e nanquim, depois transformada em ilustração digital. Os elementos escolhidos tem relação direta com o tema: a vela e a própria posição do personagem, representando a ação da reza, muito vista nos interiores do nordeste e fazendo relação direta com a história do boi, que é revivido através da reza do Pajé; a vestimenta do personagem, como elemento essencial para o discurso sobre o boi; e a criança brincante sendo a pessoa que carrega a vestimenta, reforçando a ideia de brincadeira e pureza. A criança (negra) representa também os erês, que nas religiões de matriz africana são os espíritos puros que trazem alegria para as pessoas e o ambiente, fazendo relação com o boi que, nos seus movimentos de dança durante a festa, leva alegria por onde passa.
A escolha da lenda da Num-Se-Pode veio porque na minha infância meu avô relatava já ter visto a mulher, então a história me trouxe nostalgia da minha infância, onde meu avô contava que uma vez vindo de uma festa com um amigo na madrugada no centro de Teresina, viu a silhueta de uma mulher ascendendo um cigarro em um porte na lamparina uma certa distância, então ele e o amigo deram meia volta. História essa que é contada desde 1845 de uma bela moça, bem vestida que transitava pelo trecho que ia do Alto da Moderação à Praça Saraiva, onde, ao chegar, ficava circundando na região da praça e da Rua do Barracão.
De tão linda, chamava a atenção de qualquer transeunte, de modo que não eram poucos os que em vão tentavam acompanhá-la. Todavia, apesar de caminhar lentamente, sempre que alguém estava próximo de alcança-la, dobrava uma esquina e desaparecia misteriosamente.
Papagaio do Futuro
Ravenna Ítala
2021
Esta obra tem por objetivo retratar a importância das brincadeiras populares para o desenvolvimento humano, com ênfase no período da infância.
Ante a essas duas coisas, decidi então criar uma obra baseada em uma brincadeira tradicional: o empinar de papagaios. Costume que se manifesta de diferentes formas pelo mundo todo e também, de forma bastante intensa, no Brasil. Para criar a obra, revisitei memórias de quando era pequena e fui em busca também de referências mais atuais presentes em meu bairro através de algumas fotografias autorais, entre as quais uma me saltou os olhos, na qual captei dois papagaio à luz da lua do começo da noite, tendo sido estas referências visuais, fundamentais para o desenvolvimento desta poética juntamente com algumas pesquisas textuais.
Colagem Fontes Ibiapina
Laura Ferraz
2021
Fontes Ibiapina, escritor piauiense está inserido na colagem (fotografia de Fontes Ibiapina encontrada na internet), pois o contexto da poética se relaciona com um ditado que o mesmo cita em seu livro “Paremiologia Nordestina”, que é: Besta é sabão, que se acaba para deixar os outros limpos. Este ditado exprime nada mais nada menos, que as pessoas que se doam como o sabão, são bestas (bobas, ou ingênuas), que se acaba para deixar os outros limpos, pois no final se esquecem de se importar consigo mesmas.
Os ditados populares são tão criativos que nos perguntamos às vezes, qual é a história por trás e que fazem parte da identidade cultural de um povo. Assim como os ditados, o trabalho artístico busca condensar este aspecto da fala em determinado contexto, no contexto cultural.
Os ditados populares são tão criativos que nos perguntamos às vezes, qual é a história por trás e que fazem parte da identidade cultural de um povo. Assim como os ditados, o trabalho artístico busca condensar este aspecto da fala em determinado contexto, no contexto cultural.
A obra tem por objetivo destacar o símbolo da lenda, que seria o dente de ouro, que surge através de uma metamorfose após uma moça muito “namoradeira” desfigurar o rosto da mãe, muito católica que era contra as atitudes da filha. A exposição da ponte estaiada à noite sobre o fundo para afirmar que o lugar representado no desenho é situado na cidade de Teresina, contextualizando a poética juntamente com a porca como elemento presente na criação da obra. Por se tratar de uma lenda teresinense bastante conhecida por pessoas de várias idades, marcou muito o imaginário popular.
Zabelê Ao Entardecer
Gabriel Costa
2021
A escolha da lenda de Zabelê como obra poética partiu do primeiro contato que tive com a estória dos jovens amantes de duas tribos inimigas que indo contra seu próprio destino deram a vida um pelo outro. A narrativa de um amor tão forte que rompeu a vida humana materializando-se e perdurando para sempre é de se encantar e além da lição repassada.
O desenho foi feito digitalmente utilizando o celular, as cores foram escolhidas de forma que remetessem as cores da bandeira do Piauí uma vez que a lenda é originaria do estado, todos os elementos que aparecem na cena como a carnaúba e os cajueiros também foram colocados com o intuito de frisar o contexto da história.
O desenho foi feito digitalmente utilizando o celular, as cores foram escolhidas de forma que remetessem as cores da bandeira do Piauí uma vez que a lenda é originaria do estado, todos os elementos que aparecem na cena como a carnaúba e os cajueiros também foram colocados com o intuito de frisar o contexto da história.
Identidade
Rhomeu William
2021
A obra (Identidade) é inspirada no nosso modo de vida, desde o início de sua formação, criado com objetivo de relatar alguns de vasto pontos, da nossa cultura popular que abrangi os traços, os costumes e as manifestações piauienses, surgido através da fusão de miscigenação ao longo da colonização, apresentado a nossa própria expressão linguística, pontos turísticos, culinária, lenda, dança, plantas e etc…
Logo, o intuito desta obra é mostrar a importância da história e tradição única, marcada pelo sofrimento e mistura da nossa raça e criando a própria manifestação na nossa terra. Portanto ao longo do estudo, me atribui vasto curiosidade e a valorização daquilo que é nosso, e espelhar a diversidade e beleza natural do Piauí, em forma de arte.
Logo, o intuito desta obra é mostrar a importância da história e tradição única, marcada pelo sofrimento e mistura da nossa raça e criando a própria manifestação na nossa terra. Portanto ao longo do estudo, me atribui vasto curiosidade e a valorização daquilo que é nosso, e espelhar a diversidade e beleza natural do Piauí, em forma de arte.
A obra retrata a lenda dos reinos, uma história digna de contos de fadas envolvendo amor impossível, riquezas e feiticeiras. Que por conta de uma união de reinos mal sucedida e trocas de maldiçoes todos os Sete Reinos foram petrificados, sendo essa uma gênesis fantástica para o que hoje conhecemos como Parque Nacional de Sete Cidades.
Mais precisamente a obra é a visão da passagem por baixo da rocha que segundo a lenda, é uma cobra gigante. A cobra é retratada com os carrapatos gigantes grudados entre suas escamas e em baixo da cobra gigante há uma aranha viúva negra (também gigante) que é um dos insetos comuns na oitava cidade. Há também uma lagartixa gigante conhecida como tijubina, típica da região, e logo abaixo da lagartixa há o espreito de uma onça parda, felino selvagem mais comum no norte-nordeste.
Mais precisamente a obra é a visão da passagem por baixo da rocha que segundo a lenda, é uma cobra gigante. A cobra é retratada com os carrapatos gigantes grudados entre suas escamas e em baixo da cobra gigante há uma aranha viúva negra (também gigante) que é um dos insetos comuns na oitava cidade. Há também uma lagartixa gigante conhecida como tijubina, típica da região, e logo abaixo da lagartixa há o espreito de uma onça parda, felino selvagem mais comum no norte-nordeste.
Ela é Porca
Marcos Guilherme Paulino
2021
Esta obra tem como objetivo se utilizar da expressão a “porca vai comer” que tem origem em acontecimentos políticos em cidades do interior após a eleição, em minha poética artística resolvi personifica-la um monstro feminino que segundo a lenda se alimenta do constrangimento de uma derrota de qualquer um, pegando essas palavras que são alegoricamente uma imagem reproduzida do senso comum da perda (aqui em questão, de uma eleição), fiz uma releitura personificando esse ser.
Cultura se des/re/cria
Os trabalhos aqui apresentados foram elaborados durante a disciplina de Patrimônio Imaterial e Material, turma de 2020.1 da Universidae Federal do Piauí - UFPI. A matéria foi ministrada pelo Prof. Dr. Odailton Aragão Aguiar, com monitoria de Fabrinne Rocha e Roberval Borges.
Cultura Popular
2021
Teresina, Piauí, Brasil.